.................................Módulo identidade médica - Aprender a Aprender - ................................Professor Dr. Paulo Baptista

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Caso clínico 3- SARAMPO

J.S tem um ano e dois meses de idade e tem todas as vacinas atrasadas.O seu primo, E.S.S., tem um ano de idade e também não tomou a vacina de sarampo.
E.S.S estava com sarampo e ao visitar o seu primo transmitiu a doença para ele.
J.S ,além do sarampo, teve pneumonia e diarréia.
Desde os seis meses de idade J.S. não ia ao posto e não tomou as doses de vitamina A.

  • O que é sarampo?
  • O que é vacinação de bloqueio?
  • O que é anergisante?
  • Qual a relação da vitamina A com o sarampo, a pneumonia,a diarréia e a tudo?
  • Mecanismos da febre.

26 comentários:

Isabella disse...

Oi gente,
Vamos começar pelo nosso primeiro objetivo:

O que é sarampo?
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus do gênero Morbillivirus e família Paramyxoviridae. O vírus entra no trato respiratório via núcleos de gotículas, multiplica-se nas células epiteliais e dissemina-se por todo o sistema reticuloendotelial, produzindo hiperplasia linfóide muitas vezes acompanhada por características células gigantes de Warthin-Finkeldey.
O período de transmissão é iniciado de quatro a seis dias antes do aparecimento das manchas avermelhadas na pele, se estendendo até quatro dias depois.A transmissão ocorre diretamente de pessoa a pessoa através de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.Essa forma de transmissão é responsável pela alta contagiosidade da doença. Tem sido também descrito o contágio por dispersão de gotículas com parícula virais no ar, em ambientes fechados como escolas, creches e clínicas.
Os sintomas são: febre alta, tosse intensa, coriza, conjuntivite ,mal-estar, manchas de Koplik(pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema e exantema maculopapular generalizado. Os primeiros sinais aparecem de 7 a 10 dias após o contágio. Esse período, no qual não há sintomas aparentes, é chamado fase de incubação.
Não existe tratamento específico, sendo contra-indicado o tratamento profilático com antibiótico.è recomendável a administração de vitamina A, a fim de reduzir a ocorrência dos casos graves e fatais.São indicados também: repouso, banhos mornos ou compressas frias para controlar a febre, bastante líquido e alimentação saudável.
Complicações podem ocorrer, às vezes incluindo infecções bacterianas secundárias na forma de otite média, pneumonia ou laringite; uma rara pneumonia fatal de células gigantes, muitas vezes sem um exantema, em crianças imunocomprometidas; e raramente panencefalite esclerosante subaguda que pode desenvolver-se anos após uma infecção inicial por sarampo.
A prevenção do sarampo é realizada com a administração da vacina em duas doses, a primeira aos 9 meses e a segunda aos 15 meses de vida.Essa administração apenas aos 9 meses ocorre porque os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos por via placentária, conferindo imunidade provisória à doença, geralmente até os nove meses de idade, o que interfere na resposta à vacina se administrada neste períeodo.

Isabella Cardoso

Isabella disse...

O que é vacinação de bloqueio?
A vacinação de bloqueio é uma medida realizada no controle de doenças como o sarampo. A cada caso notificado, a ação de bloqueio vacinal deve ser desencadeada imediatamente e deve-se seguir uma extensa busca ativa de novos casos.
A vacinação de bloqueio para o sarampo é realizada porque a vacina consegue imunizar a pessoa suscetível em prazo menor que o período de incubação da doença, desde que seja administrada até, no máximo, 72h após o contágio. Porém se a vacinação de bloqueio não foi realizada dentro das 72h, deverá ser implementada o quanto antes pois se trata de uma oportunidade de se vacinar suscetíveis que não receberam a vacina de rotina. A vacinação de bloqueio deve ser desencadeada pela notificação de casos suspeitos de sarampo numa comunidade. É feita de forma seletiva e deve ser priorizada a faixa etária indicada, ou seja, crianças de seis meses a catorze anos. As crianças que receberam apenas uma dose da vacina contra o sarampo aos nove meses de vida, devem ser revacinadas no bloqueio.


Achei um artigo interessante que fala sobre um caso de vacinação de bloqueio em São Paulo e que me ajudou a entender melhor o mecanismo usado neste tipo de vacinação. O nome do artigo é: Investigação de casos de sarampo no Estado de São Paulo na era pós- controle. Está no site Scielo.

Isabella Cardoso

Kate Millena disse...

Mecanismo da febre

Febre é a elevação da temperatura do corpo. A Febre ou pirexia, é uma reação orgânica de múltiplas aplicações contra um mal comum, interpretada pelo meio médico como um simples sintoma, a reação descrita como um aumento na temperatura corporal nos seres humanos para níveis até 37,5 graus (Celsius) chama-se estado febril, ao passar dessa temperatura já pode ser caracterizado como Febre e é um mecanismo adaptativo próprio dos seres vivos. A febre é uma reação do corpo contra patógenos; a sensação ruim que sente a pessoa febril faz com que ela poupe energia e descanse, funcionando também através do maior trabalho realizado pelos linfócitos e macrófagos. Apesar da maior parte das febres ser causada por infecções, nem sempre febre é indicador de infecção. Mede-se tradicionalmente a temperatura corporal através da testa e pescoço (com a mão), da boca, da axila e do ânus (utilizando um termômetro, que pode ser eletrônico ou não.) A febre geralmente ocorre em resposta a substância pirogênicas (o mais conhecido é a interleucina 1 a 6), que são segregados pelas células como resposta inflamatória. Essas substâncias pirogênicas agem no centro termorregulador no hipotálamo, reconfigurando-o para uma temperatura mais alta, e ao fazê-lo, evoca os mecanismos de aumento de temperatura do corpo, fazendo-o aumentar a temperatura a níveis acima do normal (níveis homeostasicos). O corpo tem várias técnicas para aumentar a temperatura:
• Aumento da temperatura corporal - tremores, que envolvem movimentos físicos e que produzem calor
• Diminuição da perda de calor - vasoconstrição, ou seja, a diminuição do fluxo sanguíneo da pele, reduzindo a quantidade de calor perdido pelo corpo.
A temperatura do corpo é mantida nesses níveis até que os efeitos dos pirógenos cessem. A febre pode ser classificada como de baixa intensidade (37,5 a 38ºC), moderada (38 a 39º) ou alta (mais de 39ºC), dependendo de quanto a temperatura corpórea subiu. Ela pode ser benéfica, e é parte da resposta do corpo a uma doença; no entanto, se for acima de 42ºC, então pode causar danos significativos aos neurônios, com risco de afetar a meninge e essa fase é chamada de hipertermia maligna. A temperatura normalmente flutua ao longo do dia, e o mesmo se aplica à febre. Se esse padrão característico estiver ausente, a temperatura aumentada do corpo pode ser por causa de insolação, uma disfunção mais séria. A insolação é causada pelo excesso de exposição ao sol e desidratação. Embora seja uma resposta imunológica própria do organismo contra algum mal, a medicina moderna chegou a desenvolver algumas drogas chamadas de antipiréticos que podem reduzir a febre a níveis tolerados. Os antipiréticos mais comuns são o paracetamol e a dipirona. No interior do Brasil é controlada com a ingestão de folhas de frutos cítricos em infusão ou por meios mais naturais como banhos frios. Modernamente, a febre não deverá ser mais vista como um simples indicador e sim como um mal necessário originado da resposta imunológica do organismo de cada individuo

Unknown disse...

Anergia: Desaparecimento da capacidade de o organismo reagir a uma substância ou a um agente patogénico relativamente aos quais estava anteriormente sensibilizado.
vou pesquisar mais e coloco aqui, esse achei bem rapidinho!
beijo!
..
*
larissa

Unknown disse...

Infecções frequentes podem indicar carência, pois a falta de vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das doenças.
Os recém-nascidos e as crianças com deficiência de
vitamina A apresentam um risco maior de perda de
apetite, de problemas de visão, de baixa resistência
às infecções, de episódios mais frequentes e graves
de diarreia e sarampo, de anemia por deficiência de
ferro, e de falta de crescimento. As infecções e as
inflamações aceleram o uso e a perda da vitamina A.
larissa

Unknown disse...

A vitamina A, uma vitamina lipossolúvel, ocorre sob duas formas principais na natureza – o retinol, o qual se encontra apenas em fontes animais e certos carotenóides (provitaminas), as quais se encontram apenas em fontes vegetais. Os carotenóides são os compostos que dão a vários frutos e vegetais a sua cor amarela ou laranja. O carotenóide mais abundante e mais conhecido é o beta-caroteno. O beta-caroteno é um precursor da vitamina A ou “provitamina A”, porque a sua actividade como vitamina A ocorre apenas após a sua conversão para retinol no interior do corpo. Uma molécula de beta-caroteno pode ser clivada por uma enzima intestinal específica em duas moléculas de vitamina A.
A vitamina A é sensível à oxidação pelo ar. A perda de actividade é acelerada pelo calor e pela exposição à luz. A oxidação das gorduras e dos óleos (p.ex. manteiga, margarina, óleos de cozinha) pode destruir as vitaminas lipossolúveis, incluindo a vitamina A. A presença de anti-oxidantes, tais como a vitamina E contribui para a protecção da vitamina A.

O estado da vitamina A pode ser influenciado por vários factores, incluindo os seguintes:

Doenças e infecções, especialmente o sarampo, comprometem o estado da vitamina A e, reciprocamente, um estado de pobreza em vitamina A diminui a resistência às doenças.
A ingestão crónica e em excesso de álcool pode comprometer o armazenamento da vitamina A no fígado.
Uma deficiência aguda de proteínas interfere com o metabolismo da vitamina A e, ao mesmo tempo, baixas quantidades de gordura na dieta interferem com a absorção tanto de vitamina A como de caratenóides.
As alterações no metabolismo do ferro ocorrem associadas à deficiência em vitamina A, resultando, por vezes, em anemia.
A vitamina E protege a vitamina A da oxidação; deste modo um estado adequado de vitamina E protege o estado da vitamina A.
A deficiência em vitamina A é de longe a mais generalizada e a mais grave nas crianças, especialmente nos países pobres. É a principal causa de cegueira na infância e, combinada com outros factores, tais como uma malnutrição proteico-calórica e a crescente ocorrência de infecções, é associada a elevadas taxas de mortalidade infantil. Nas crianças com xeroftalmia são comuns os problemas associados, tais como crescimento sub-desenvolvido, doenças respiratórias, doenças parasitárias e infecciosas.

não consegui encontrar o que liga, realmente, a vitamina aos aspectos citados.

achei um site bem legal sobre o sarampo, vacina e fala uma coisinha da vit A. é bem parecido com o q bellinha falou:
http://www.tudoresidenciamedica.hpg.ig.com.br/estudar/funasasarampo.htm
sobre febre, encontrei parecido com o de kate!

larissa

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

http://www.tudoresidenciamedica.hpg.ig.com.br/estudar/
funasasarampo.htm

o site

queila disse...

Bem gente,
não sei se minha idéia está certa, mas segundo bellinha disse "O vírus do sarampo entra no trato respiratório via núcleos de gotículas e multiplica-se nas células epiteliais". Eu achei que a vitamina A, mais especificamente o ácido retinóico, liga-se a proteínas específicas de células epiteliais estimulando a síntese de RNA retinóide-especifico, resultando na produção de outras proteínas específicas responsáveis pela manutenção da célula epitelial. Provavelmente o vírus do sarampo interage com essas proteínas, ou a presença de vitamina A impede a ação desse vírus.


Bem, essa foi uma hipótese criada por mim. Não sei se está correto. Se vocês puderem me ajudar...

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Em crianças, a deficiência de vitamina A está associada com maior severidade do sarampo, pneumonia e doenças diarréicas culminando, em última análise, em alta mortalidade.
O ácido retinóico proporciona liberação seletiva de interleucina-1 por monócitos do sangue periférico de seres humanos. Adicionalmente, o ácido retinóico aumenta a porcentagem de células linfóides que expressam marcadores de superfície de linfócitos-T auxiliares, enquanto o β-caroteno aumenta a percentagem de células linfóides com expressão de marcadores de células "Natural Killer" (NK), o que sugere uma atuação diferenciada dos vários retinóides na imunidade celular específica.
A deficiência de vitamina A está associada à redução da atividade de células NK e a habilidade de células esplênicas em produzir interferon após o estímulo de mitógenos. Adicionalmente, essa deficiência associa-se a redução da produção de anticorpos contra polissacarídeos bacterianos e antígenos protéicos em estudos experimentais e à piora do controle da infecção por micobacteriose e esquistossomose em seres humanos (Gente, a ligação direta entre a carência de vitamina A e o sarampo e diarréia resume- se aí.)
Suplementação vitamínica reduz significativamente a morbidade e mortalidade entre crianças com sarampo complicados por pneumonia ou diarréia crônica. Adicionalmente, a suplementação dessa vitamina previamente ao desenvolvimento dos sintomas por deficiência de vitamina A exerce um efeito preventivo notável resultando em reduzido número de consultas médicas por sintomas relacionados à diarréia e redução da incidência de xeroftalmia

Paulo Neves Baptista disse...

Atualmente a vacina contra o sarampo é aplicada aos 12 meses e nova dose é aplicado entre 4 e 6 anos. Existe também campanhas de vacinação onde todas as crianças abaixo de 14 são vacinadas. Alguém pode responder por que?

Queila parabéns por ter criado um hipótese. É importante também procurar comprovar a hipótese atraves de informações já existentes ou através de experiencia cientificas que confirmem ou não a hipótese.
paulo baptista

Paulo Neves Baptista disse...

Qual a diferença de uma criança criada na alemanha e um criança pobre do brasil que adquire sarampo ? No Brasil as crianças recebem 200.000 Ui de vit A de 6 em 6 meses, na alemnha as crianças não recebem essa dose de vit A. Por que?

paulo baptista

Paulo Neves Baptista disse...

procurem no google imagens fotos das manchas de koplik e de crianças com sarampo. é interessante ver.

http://images.google.com.br/images

paulo baptista

Emanuela disse...

O vírus do sarampo é um vírus com genoma de RNA simples de sentido negativo (a sua cópia é que é DNA e serve para síntese protéica). É um vírus envelopado (com membrana lípidica externa) pleomórfico .Induz a fusão de células infectadas formando células gigantes, o que facilita a sua circulação e multiplicação sem ser reconhecido e inativado por anticorpos circulantes, e é resistente ao complemento. Ele infecta as células fundindo a sua membrana (envelope) com a da célula após acoplagem da sua proteína envelopar, ocorrendo a fusão a receptor especifico. Reproduz-se no citoplasma da célula. A sua multiplicação destrói as células exceto nos neurônios. As eritemas cutâneos são causados mais pela ação do sistema imunitário contra o vírus que por ele próprio. A resolução da doença dá imunidade para toda a vida. É um dos cinco exantemas da infância clássicos, com a varicela, rubéola, eritema infeccioso e roséola. É altamente infeccioso e transmitido por secreções respiratórias como espirros e tosse. Após o inicio de uso da vacina tornou-se rara nos países que a utilizam de forma eficaz. Contudo ainda causa 40 milhões de casos e um a dois milhões de mortes por ano em países sem programas de vacinação eficientes. As epidemias tendem a ocorrer a cada dois ou três anos, necessitando do nascimento de novos bebês susceptiveis para se propagar. As manifestações iniciais são febre alta, tosse rouca e persistente, coriza, conjuntivite e fotofobia (hipersensibilidade à luz).Surgem manchas brancas na mucosa da boca (que são diagnósticas).Após isso surgem manchas maculopapulares avermelhadas na pele, inicialmente no rosto e progredindo em direção aos pés, durando pelo menos três dias, e desaparecendo na mesma ordem de aparecimento.A mortalidade é de 0,1% em crianças de boa saúde e nutrição, mas pode subir até 25% em crianças subnutridas. O diagnóstico é clinico devido às caracteristicas muito típicas, especialmente as manchas de Koplik(manchas brancas na mucosa da boca-parte interna da bochecha). Pode ser feita detecção de antígenos em amostra de soro.Não há cura. A prevenção é por vacina de vírus vivo de alta agressão ao seu corpo.

Emanuela disse...

Bom,respondendo à pergunta do professor sobre o tempo de vacinação,eu achei o seguinte:

Estudo recente (1996), através da meta-análise de estudos já publicados sobre falha secundária da vacina contra o sarampo, concluiu ser esta bastante rara, com taxa inferior a 0,2%(14). Portanto, a recomendação de uma segunda dose da vacina tríplice viral aos 4-6 anos ou aos 11-12 anos vem incrementar a cobertura vacinal (crianças que ainda não foram imunizadas) e, basicamente, suprir as falhas primárias da vacina contra o sarampo, estimadas em 3% a 5%.
Esta estratégia vem sendo adotada nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, com sucesso, desde 1989, com redução drástica dos casos de sarampo. A segunda dose da vacina tríplice viral contribuiu também, positivamente, para o controle de rubéola e caxumba.
No Brasil, a vacina tríplice viral foi introduzida no Calendário Vacinal do Estado de São Paulo em 1992, e depois sucessivamente nos diversos estados, estando hoje incluída no Calendário do Programa Nacional de Imunizações, com uma dose única administrada aos 15 meses de idade. Para suprir as falhas primárias da vacina e evitar o aparecimento de surtos com o aumento do “pool” de susceptíveis, a Sociedade Brasileira de Pediatria passou a recomendar, a partir de 1998, a administração de uma segunda dose da vacina tríplice viral entre os seis e os 10 anos de idade.

O site o qual eu achei essas informações é muito bom e vale a pena olhar o conteúdo completo:
www.jped.com.br

queila disse...

bem, eu não tinha conseguido encontar nada comprovado...

jeniffer, valeu pela ajuda. eu atav muito curiosa para saber como funcionava o mecanismo.

queila disse...

A deficiência em vitamina A é a mais generalizada e a mais grave nas crianças, especialmente nos países pobres. É a principal causa de cegueira na infância e, combinada com outros factores, tais como uma malnutrição proteico-calórica e a crescente ocorrência de infecções, é associada a elevadas taxas de mortalidade infantil. Nas crianças com xeroftalmia são comuns os problemas associados, tais como crescimento sub-desenvolvido, doenças respiratórias, doenças parasitárias e infecciosas.

queila disse...

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/vitaminas/vitamina-a.php

Paulo Neves Baptista disse...

atenção os que não escreveram ainda. estou aguardando, façam comentários sobre o já escrito ou acrescetem conhecimentos novos sobre o assunto. E Ernest Silva Schmïtt por que o sarampo dele foi mais brando, não teve pneumonia nem diarréia?

paulo baptista

Monique Siebra disse...

As complicações podem ocorrer devido ao próprio vírus do sarampo ou a infecções bacterianas secundárias, associadas ou isoladas. Dessas últimas, as mais freqüentes são otite média, laringites, laringotraqueobronquites, pneumonias, bronquites e diarréias. Mais raramente: bronquiolite, pneumomediastino, enfisema subcutâneo, úlceras de córnea, piodermite, encefalite, púrpura trombocitopênica, panencefalite esclerosante sub-aguda. Acredita-se que estas complicações sejam desencadeadas pelo próprio vírus do sarampo. A maioria, particularmente, as bacterianas, ocorrem com maior freqüência em pacientes com comprometimento orgânico ou imunológico como: desnutrição, cardiopatias, mucoviscidose, asma brônquica e imunodeprimidos.

Parece ser o caso dos dois primos aqui: a maior diferença entre eles realmente foi o grau de nutriçao;a do brasileiro bem deficiente.

Monique Siebra disse...

A vitamina A é essencial para a proliferação e diferenciação celular, tendo impacto no crescimento, desenvolvimento e imunidade 1.

De acordo com West Jr. et al. 2, estima-se que a deficiência de vitamina A e a xeroftalmia afetem, respectivamente, 127 milhões e 4,4 milhões de crianças pré-escolares em todo o mundo, e que cerca de 7,2 milhões e 6 milhões de gestantes apresentem, respectivamente, deficiência de vitamina A e cegueira noturna.

Green & Mellanby 3 foram os primeiros a sugerir, com base em estudos em animais, que a vitamina A tem uma ação antiinfecciosa. Evidências clínicas provaram, posteriormente, que a administração de óleo de fígado de bacalhau reduzia em 58% a mortalidade em crianças hospitalizadas 4. Sommer et al. 5 notaram uma associação entre deficiência de vitamina A e morbidade e mortalidade por doenças infecciosas, e, a partir de 1990, surgiram os estudos intervencionais de suplementação de vitamina A. Aparentemente as infecções mais fortemente associadas com a deficiência da vitamina são aquelas nas quais a função do epitélio está comprometida, como o sarampo, a diarréia e as doenças respiratórias.

Atualmente recomenda-se a suplementação de rotina de vitamina A durante a infância 6, gravidez ou em qualquer período da lactação, em áreas nas quais a deficiência de vitamina A é endêmica 7, especialmente onde a prevalência de HIV/AIDS é elevada.

Dyego disse...

Eu vou falar um poupo sobre a história do sarampo:
O Sarampo hoje é uma doença de infância pouco perigosa mas não terá sido sempre assim. A alta mortalidade que provocou nos ameríndios sem defesas imunitárias ou genéticas quando foi introduzido na América no seguimento da descoberta de Colombo, indica que a sua introdução na Europa poderá ter sido igualmente traumática, e terá provavelmente ocorrido nos últimos séculos da existência do Império romano, em cujo declínio e queda as suas epidemias combinadas com as da varíola terão tido importância significativa. A epidemia terá surgido na Europa nos séculos II e III d.C., matando grande proporção da população totalmente não imune do Império romano, como mais tarde faria na América, e sendo um fator principal do declínio dessa civilização. O sarampo foi um dos principais responsáveis pela destruição das populações nativas da América após a sua importação da Europa com Colombo. Juntamente com a Varíola, Varicela e outras doenças, ela matou mais de 90% da população do continente, derrotando e destruindo as civilizações Asteca e Inca muito mais que Hernán Cortés e Francisco Pizarro alguma vez seriam capazes.
A primeira descrição reconhecível do sarampo é atribuída ao médico árabe Ibn Razi (860-932) (conhecido como Rhazes na Europa). O vírus foi isolado apenas em 1954, e a vacina foi desenvolvida em 1963.

Saúde ao alcance de TODOS! Medicina UPE turma 90 disse...

f1)O que é sarampo?Sarampo é uma doença infecciosa exantemática viral aguda, extremamente contagiosa, caracterizada por febre alta, acima de 38oC, exantema(erupção cutânea que ocorre em consequência de doenças agudas provocadas por vírus,como o sarampo)máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema, considerada sinal patognomônico do sarampo).

2)Relação entre vitamina A e o surgimento de doenças/relação entre vitamina A e sarampo e diarréia e pneumonia:A vitamina A é essencial para a proliferação e diferenciação celular, tendo impacto no crescimento, desenvolvimento e imunidade.Também é necessária para formar e manter saudáveis os tecidos de todo o corpo, em particular dos olhos, da pele, dos ossos e os tecidos dos aparelhos respiratório e digestivo.A carência de vitamina A pode aumentar também a possibilidade de contrair enfermidades e elevar a mortalidade devido a infecções. Doenças e infecções, especialmente o sarampo, comprometem o estado da vitamina A e, reciprocamente, um estado de pobreza em vitamina A diminui a resistência às doenças. Aparentemente as infecções mais fortemente associadas com a deficiência da vitamina são aquelas nas quais a função do epitélio está comprometida, como o sarampo, a diarréia e as doenças respiratórias(pneumonia).

3)O que é vacinação de bloqueio?
Vacinação realizada após exposição e possível contaminação do hospedeiro. Na vacinação de bloqueio a vacina induz formação de anticorpos específicos antes do agente invasor. Anti-sarampo, antivaricela, anti-hepatites A e B são exemplos de vacinas que podem ser utilizadas com este propósito. Todas são antivirais,pois caracteristicamente são doenças com período de incubação mais curto.

4)Mecanismo da febre:
A febre geralmente ocorre em resposta a substância pirogênicas (o mais conhecido é a interleucina 1 a 6), que são segregados pelas células como resposta inflamatória. Essas substâncias pirogênicas agem no centro termorregulador no hipotálamo, reconfigurando-o para uma temperatura mais alta, e ao fazê-lo, evoca os mecanismos de aumento de temperatura do corpo, fazendo-o aumentar a temperatura a níveis acima do normal (níveis homeostasicos)

O corpo tem várias técnicas para aumentar a temperatura:

Aumento da temperatura corporal - tremores, que envolvem movimentos físicos e que produzem calor
Diminuição da perda de calor - vasoconstrição, ou seja, a diminuição do fluxo sanguíneo da pele, reduzindo a quantidade de calor perdido pelo corpo.
A temperatura do corpo é mantida nesses níveis até que os efeitos dos pirógenos cessem.

Temperatura (axilar) do corpo
Normal - de 36,3ºC por volta das 6h; 37,0ºC por volta das 16h
Febre baixa - de 37,5º a 38º
Febre moderada - de 38,1º a 39º
Febre alta - acima de 39,1º

5)O que é anergizante?
Que produz anenergia(falta ou perda de energia; inatividade anormal; anergia).

Evelyn

Saúde ao alcance de TODOS! Medicina UPE turma 90 disse...

A investigação do custo-benefício das diferentes estratégias para o controle do sarampo, incluindo campanhas de vacinação em massa, esquemas de duas doses e doses para o lactente jovem, auxiliaria os países a formular políticas de controle apropriadas a seus cenários. A pneumonia é a complicação fatal mais comum associada com o sarampo e pelo menos 50% das pneumonias relacionadas ao sarampo são devido a superinfecção bacteriana.
VIROLOGIA
Os receptores conhecidos do vírus do sarampo nas células humanas são a molécula de ativação do linfócito de sinalização (MALS) CD150,6,7 e a proteína CD46 co-fator da membrana, um regulador da ativação de complemento,8,9 que desempenha uma parte importante na proteção de células hospedeiras do ataque espontâneo do complemento. O vírus do sarampo tem apenas um sorotipo e pode, conseqüentemente, ser prevenido com uma única dose de vacina monovalente.
FISIOPATOLOGIA E IMUNOLOGIA
A infecção do sarampo é adquirida por meio do trato respiratório e ocasionalmente através de conjuntiva. Os virions entram no sistema linfático local, livres ou associados com macrófagos, e são transportados aos linfonodos regionais onde eles se multiplicam antes de alcançar o sistema reticuloendotelial. A infecção retículo-endotelial é seguida por uma segunda viremia através da qual a pele e o trato respiratório se tornam infectados e a doença se manifesta após um período de incubação de 10-12 dias. O exantema do sarampo se desenvolve como conseqüência da interação entre as células T e as células infectadas pelo vírus. A imunidade ao sarampo envolve respostas humorais, celulares e mucosas. A imunidade celular é necessária para a recuperação do sarampo e a imunidade humoral está associada com a proteção
contra infecção ou reinfecção.
PONTOS CLINICOS
As crianças com sarampo são examinadas na busca de úlceras na mucosa oral, secreção purulenta ocular e turvaçao da cornea. As indicações para admissão são pneumonia grave, estridor quando calmo, inabilidade em deglutir, vômitos, diarréia com desidratação, desnutrição grave, convulsões, redução do estado de consciência, úlceras orais extensas ou turvação da cornea.
PNEUMONIA RELACIONADA AO SARAMPO
A pneumonia é a complicação fatal mais comum do sarampo. A pneumonia pode ser devido ao efeito do virus do sarampo no epitélio do trato respiratório inferior, onde tipicamente é visto um padrão radiológico de broncopneumonia, ou a combinação de sarampo e infecção bacteriana secundária ou viral. As razões para a alta mortalidade obervada na pneumonia relacionada ao sarampo que em pneumonia por outras doenças incluem a superinfecção bacteriana, efeitos imunossupressores da infecção pelo vírus do sarampo, o envolvimento multi-sistema do sarampo e a gravidade da doença na sua apresentação.
MANEJO DE CASOS
Vitamina A—O manejo de caso de sarampo é baseado na administração de vitamina A, antibióticos, oxigênio, fluidos e boa nutrição. Em 1990, os resultados de um experimento randomizado duplo-cego controlado por placebo89 indicou que duas doses de 200.000 unidades de vitamina A reduziu a gravidade e duração de complicações, como também a mortalidade (o risco relativo de morrer se tratado com vitamina A é de 0,51, 95% IC 0,35-0,74) pelo sarampo em crianças doentes o suficiente para serem admitidas em hospital. Os achados de uma metaanálise mostraram um maior efeito protetor da vitamina A sobre a mortalidade quando mais que duas doses são administradas em sarampo grave em áreas com alta mortalidade. Um estudo comunitário de suplementação de vitamina A com uma dose única de 200.000 unidades para sarampo leve no Zâmbia não mostrou benefícios. Em 1997, a OMS recomendou que duas doses de 200.000 unidades de vitamina A sejam adiministradas a todas as crianças com sarampo. Antibióticos—Existem pelo menos três caminhos para o uso do antibiótico no sarampo: os antibióticos podem ser administrados a todas as crianças com sarampo (profilático), a todas as crianças com indicações para admissão hospitalar, ou a crianças com pneumonia relacionada ao sarampo.
Oxigênio—Uma razão para a mortalidade alta por pneumonia associada ao sarampo poderia ser a gravidade da hipoxemia.
A deficiência de vitamina A (DVA) interfere na imunidade e no epitélio respiratório. A DVA pode levar à metaplasia escamosa com subseqüente perda dos mecanismos de defesa contra a invasão de microorganismos e ao desencadeamento de fenômenos obstrutivos ocasionados por aumento da reatividade brônquica1. Sabe-se que as deficiências de micronutrientes estão associadas à etiologia e ao agravamento de doenças infecciosas,e que a infecção é uma das causas de sua depleção. Vários estudos randomizados e controlados evidenciaram os benefícios de intervenções com megadoses de vitamina A na mortalidade por sarampo, com redução da ordem de 50%, e de suas complicações, como as pneumopatias, em países em desenvolvimento. A vitamina A também apresenta participação expressiva na função imunológica, é essencial para a estabilidade da membrana celular e influencia o crescimento e a reparação das células epiteliais. Especificamente, no epitélio respiratório, a DVA reduz a proliferação das células basais e produtoras de muco, resultando em metaplasia escamosa.
A quebra de integridade da mucosa do trato respiratório aumenta a vulnerabilidade a complicações de natureza infecciosa e obstrutiva, elevando a morbimortalidade. Embora as evidências de literatura apontem para danos histopatológicos associados à DVA mais pronunciados no trato respiratório comparativamente ao digestivo, um estudo de metanálise realizado recentemente não observou impacto das megadoses de vitamina A na incidência de diarréia, observando-se, inclusive, leve aumento na incidência das infecções respiratórias. Nesse sentido, esse estudo mostra-se importante, poisamplia os conhecimentos sobre o comportamento da vitamina
A no processo infeccioso, uma vez que há algumas evidências que contra-indicam a utilização indiscriminada de vitamina A como profilaxia ou coadjuvante no tratamento de infecções respiratórias agudas.
Imunidade
As concentrações fisiológicas dos retinóides têm sido implicadas à resistência orgânica contra as infecções. Contudo, há apenas duas décadas, estudos sistemáticos têm sido conduzidos sobre esse tópico. Nesse contexto, há evidências de que os retinóides modulam a resposta de células fagocitárias, estimulando a fagocitose, a ativação da citotoxicidade mediada por células e o aumento, na resposta de timócitos, a mitógenos específicos, aparentemente por aumentarem a expressão de receptores de interleucina-2 em suas células precursoras(12,13). Esses dados são corroborados por estudos clínicos, realizados em crianças com deficiência dessa vitamina(14). O ácido retinóico proporciona liberação seletiva de interleucina-1 por monócitos do sangue periférico de seres humanos(12). Adicionalmente, o ácido retinóico aumenta a porcentagem de células linfóide que expressam marcadores de superfície de linfócitos-T auxiliares, enquanto o ß-caroteno aumenta a percentagem de células linfóides com expressão de marcadores de células Natural Killer (NK), o que sugere uma atuação diferenciada dos vários retinóides na imunidade celular, específica(15).
A deficiência de vitamina A está associada à redução da atividade de células NK e à habilidade de células esplênicas em produzir interferon, após o estímulo de mitógenos. Adicionalmente, essa deficiência associa-se à redução da produção de anticorpos contra polissacarídeos bacterianos e antígenos protéicos, em estudos experimentais(16) e à piora do controle da infecção por micobacteriose e esquistossomose, em seres humanos(12,17).
A deficiência subclínica da vitamina A aumenta a morbidade e mortalidade infantil (8). Observa-se maior susceptibilidade de diarréia infecciosa e doenças
do trato respiratório em crianças com hipovitaminose A. Adicionalmente, a suplementação de vitamina A, nos casos graves de infecção aguda pelo vírus
do sarampo, mostrou-se eficaz na redução da mortalidade(55)
A deficiência de vitamina A entre crianças está associada com o desenvolvimento de doenças oculares, como a cegueira noturna e xeroftalmia, maior gravidade do sarampo, pneumonia e doenças diarréicas, culminando, em última análise, em alta mortalidade(8) .


ISAAC ESMERALDO

Saúde ao alcance de TODOS! Medicina UPE turma 90 disse...

Recomendações de como previnir:

Recomendações
· Não se descuide do programa de vacinação de seus filhos. A vacina contra o sarampo é a melhor forma de evitar a doença que pode ser grave, especialmente se elas estiverem debilitadas;
· Procure saber a causa da doença de crianças que convivem com seus filhos. O sarampo é uma doença altamente contagiosa e de caráter epidêmico;
· Não deixe de procurar atendimento médico se aparecerem manchas avermelhadas na pele de sua criança, mesmo que ela tenha sido vacinada contra o sarampo;
· Investigue se você teve a doença na infância ou tomou a vacina quando criança. Em caso de dúvida é melhor procurar um centro de vacinação.


LARA CAPIBERIBE